terça-feira, 9 de julho de 2024

painéis grandes formatos pixel art

 Pixel arte 

Nos painéis pixel , comecei abordando temas e imagens mais simples, populares captadas na internet e livros que serviram de referência, depois ampliando em proporção especifica , elaborando tons, volumes , contrastes etc. , sempre explorando painéis em grades formatos mínimo 5 m².

Por uma questão de espaço uso muito o ambiente da escola onde sou professor de arte, algumas vezes compartilho essas ações e experiências com alunos ,no coletivo, mas mantenho meu diário de bordo com minhas anotações e reflexões para posteriormente levar para outros espaços uma produção que tenha uma narrativa, que seja significativa que possa fomentar um pensamento além da nossa realidade. 


Experimentações com papel - Painel em papel 110x280cm Técnica colagem sobre papel-Paulo Evaristo - 2018



 Frida Pixel - Painel em papel 110x280cm -Técnica Guache sobre papel-Paulo Evaristo - 2021


Gato Pixel - Painel em papel 180x110 cm -Técnica Gis de cera  sobre papel-Coletivo com alunos 2019


Gato Pixel - Painel em papel 180x110 cm -Técnica Gis de cera  sobre papel-Coletivo com alunos 2019


Bob Pixel - Painel em papelão 230x280 cm -Técnica tinta acrílica sobre papelão-Coletivo com alunos 2018


Pirata Pixel - Painel em papelão 240x270 cm -Técnica tinta acrílica sobre papelão-Paulo Evaristo 2018


Fundamentos e Metodologias das linguagens artísticas

 


Fundamentos e Metodologias  das linguagens artísticas

 

Resumo

A educação em artes visuais, fundamentada em teorias construtivistas de Jean Piaget e Lev Vygotsky, transforma a prática educativa em um processo dinâmico e significativo. Essas teorias enfatizam a construção ativa do conhecimento por meio de experiências e interações. Piaget (1972) destaca que o desenvolvimento cognitivo ocorre em estágios, permitindo que os alunos tragam suas vivências para o processo criativo, enquanto Vygotsky (1978) realça a importância das interações sociais na aprendizagem, promovendo atividades colaborativas. A arte é vista como um meio vital de expressão e comunicação humana, refletindo e influenciando contextos históricos e sociais (Dewey, 1934). A educação estética, fundamental para a educação artística, desenvolve a sensibilidade e a apreciação das qualidades da arte (Greene, 1995). Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Arte no Brasil (Brasil, 1997) incorporam esses princípios, promovendo a expressão pessoal e a criatividade dos alunos. No entanto, desafios como a formação inadequada dos professores, falta de recursos e rigidez curricular limitam a implementação eficaz dos princípios construtivistas. Superar esses obstáculos é crucial para proporcionar uma educação artística completa, que valorize a individualidade e promova um aprendizado significativo e colaborativo

 

Introdução

A educação em artes visuais, fundamentada em teorias construtivistas, transforma a prática educativa em um processo dinâmico e significativo. Esta abordagem se baseia nos pressupostos de Jean Piaget e Lev Vygotsky, que enfatizam a construção ativa do conhecimento por meio de experiências e interações com o ambiente. No ensino das linguagens artísticas, essas teorias oferecem uma estrutura robusta para a criação de ambientes de aprendizagem que incentivam a exploração, a experimentação e a criação colaborativa e reflexiva.

Os fundamentos da arte e seu ensino estão profundamente enraizados na compreensão de que a arte é um meio vital de expressão e comunicação humana. Segundo Piaget, o desenvolvimento cognitivo ocorre em estágios, onde os indivíduos constroem ativamente seu conhecimento a partir das interações com o ambiente. Este princípio é crucial para o ensino de artes visuais, pois permite que os alunos tragam suas próprias vivências e perspectivas para o processo criativo (Piaget, 1972). A arte, assim, não é apenas uma habilidade técnica a ser dominada, mas um veículo para a expressão pessoal e a comunicação, que valoriza a experiência individual e a capacidade criativa de cada estudante.

Desenvolvimento

Vygotsky complementa essa visão ao enfatizar a importância das interações sociais e culturais no desenvolvimento cognitivo. Ele argumenta que o aprendizado é um processo social que ocorre em um contexto de colaboração e troca de ideias (Vygotsky, 1978). No ensino das artes visuais, isso se traduz na promoção de atividades colaborativas e projetos que envolvem trabalho em grupo, permitindo que os alunos aprendam uns com os outros e desenvolvam habilidades sociais e comunicativas essenciais. Através do diálogo e da cooperação, os alunos são encorajados a refletir sobre suas próprias criações e as dos outros, promovendo um entendimento mais profundo e crítico da arte.

Os fundamentos da educação em artes também se estendem ao reconhecimento da arte como um componente integral da cultura e da sociedade. A arte reflete e influencia contextos históricos e sociais, funcionando como um meio pelo qual os indivíduos e as comunidades expressam suas identidades, valores e experiências coletivas. Segundo Dewey (1934), a arte é uma forma de experiência que conecta o indivíduo ao seu contexto cultural e histórico, permitindo uma compreensão mais profunda do mundo ao seu redor. Este entendimento é essencial para a educação em artes, pois situa o aprendizado artístico dentro de um quadro mais amplo de significados sociais e culturais.

A relação entre a educação estética e a educação artística é outra dimensão crucial. A educação estética envolve o desenvolvimento da sensibilidade e da apreciação pelas qualidades formais e expressivas da arte. Greene (1995) sugere que a educação estética é fundamental para cultivar a imaginação e a capacidade de ver o mundo de novas maneiras, aspectos essenciais para a educação artística. Através da educação estética, os alunos não apenas aprendem a criar arte, mas também a apreciá-la criticamente, desenvolvendo uma compreensão mais rica e matizada das obras de arte e de seus contextos.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) de Arte no Brasil refletem amplamente esses princípios. Eles foram concebidos com o objetivo de proporcionar um ensino que valorize a expressão pessoal e a criatividade dos alunos, destacando a importância de desenvolver competências como pensamento crítico e habilidades de resolução de problemas (Brasil, 1997). No contexto das artes visuais, isso significa ir além da mera transmissão de conhecimentos técnicos, promovendo uma formação integral que prepara os alunos para lidar com diversos desafios.

A implementação dos princípios construtivistas no ensino das artes visuais tem mostrado resultados positivos em diversos aspectos. A participação ativa dos alunos no processo de aprendizagem tem aumentado o engajamento e a motivação. Projetos que permitem a expressão pessoal e a experimentação resultam em maior interesse e participação nas aulas de arte. Alunos que se sentem valorizados em suas individualidades tendem a se engajar mais profundamente no processo de aprendizagem, o que reflete diretamente na qualidade de suas produções artísticas.

Contudo, a implementação enfrenta desafios significativos. Um dos principais obstáculos é a formação e capacitação dos professores. Muitos educadores ainda não possuem a formação adequada para aplicar práticas construtivistas de forma eficaz. A falta de programas de desenvolvimento profissional contínuo e específico para a arte é um entrave significativo. Sem a devida formação, os professores podem ter dificuldades em adaptar suas práticas pedagógicas para atender às necessidades individuais dos alunos e promover uma aprendizagem ativa e colaborativa (Freire, 1996).

Outro desafio importante é a falta de recursos materiais e infraestrutura adequada. A realização de atividades práticas e colaborativas, essenciais para a abordagem construtivista, muitas vezes é prejudicada pela falta de materiais, espaço e equipamentos. As disparidades socioeconômicas entre escolas públicas e privadas resultam em desigualdades na implementação dos princípios construtivistas. Enquanto algumas escolas possuem recursos abundantes e apoio institucional, outras lutam para fornecer o básico necessário para uma educação de qualidade. Políticas públicas que promovam a equidade e a qualidade da educação para todos são essenciais para superar essas disparidades.

A rigidez curricular e a pressão por resultados em avaliações padronizadas também representam obstáculos significativos. A estrutura tradicional das disciplinas e a organização rígida dos horários escolares podem limitar a flexibilidade necessária para a abordagem construtivista. Além disso, a ênfase em testes padronizados e resultados quantificáveis pode desviar o foco do desenvolvimento de competências e da aprendizagem ativa. Para superar esses desafios, é crucial promover uma maior flexibilidade curricular que permita a integração interdisciplinar e a realização de projetos de longa duração. A advocacia por mudanças nas políticas educacionais e a promoção de práticas de avaliação que valorizem o processo de aprendizagem e não apenas os resultados finais são passos fundamentais nessa direção (Gardner, 1993).

Conclusão

A reorganização curricular no ensino das artes visuais, fundamentada nas teorias construtivistas de Jean Piaget e Lev Vygotsky, transforma a educação artística em um processo dinâmico e significativo. As teorias de Piaget (1972) e Vygotsky (1978) destacam a construção ativa do conhecimento e a importância das interações sociais no aprendizado. A arte é reconhecida como um meio vital de expressão e comunicação, refletindo contextos históricos e sociais (Dewey, 1934). A educação estética, como sugerido por Greene (1995), é crucial para desenvolver a sensibilidade e a apreciação das qualidades da arte, enriquecendo a educação artística. Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Arte no Brasil (1997) incorporam esses princípios, promovendo a criatividade e o pensamento crítico. No entanto, desafios como a formação inadequada de professores, falta de recursos e rigidez curricular limitam a implementação eficaz dos princípios construtivistas. Superar esses obstáculos é essencial para proporcionar uma educação artística completa, que valorize a individualidade e promova um aprendizado colaborativo e significativo. Com uma abordagem bem implementada, é possível preparar os alunos para uma vida de expressão criativa e reflexão crítica, contribuindo para seu desenvolvimento integral.

 

Referências:

 

Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. (1997). Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte. Brasília: MEC/SEF

CUNHA, Estercio Marquez. O Silêncio, Uma Solução. O Popular. Goiânia, 1975.

DEWEY, J. Arte como Experiência. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

EISNER, E. Elliot. O que pode a educação aprender das artes sobre a prática da educação. Stanford University, Estados Unidos. Currículo sem Fronteiras, v. 8, n. 2, pp.5-17, Jul/Dez 2008

IRWIN, R. A/R/Tografia: uma mestiçagem metonímica. In: BARBOSA, A. ; AMARAL, L. (Org.). Interterritorialidade: mídias, contextos e educação. São Paulo: SENAC/SESC, 2008

LAMPERT, J. Arte contemporânea, cultura visual e formação docente. 2009. 85 f. Tese (Doutorado)–Escola de Comunicações e Arte, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.

MACHADO, R. Acordais: fundamentos teórico-poéticos da arte. São Paulo: DCL, 2004

REZENDE E FUSARI, Maria F. de & FERRAZ, Maria Heloísa C. de T. Metodologia do Ensino de Arte: Fundamentos e Proposições. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2009.

 RODRIGUES, Cunha Carla. Sobre Tempo e Lugares da Arte No Currículo Escolar Brasileiro. In: Espaço do Currículo, Paraíba, v. 6, n. 1, p. 69-80, janeiro à abril de 2013.

 

 


Metodologias de ensino de arte

 

Metodologias de ensino de arte    

Resumo

A reorganização curricular no ensino das artes visuais, fundamentada no construtivismo, propõe uma abordagem inovadora que visa transformar a arte educação  em um processo dinâmico e significativo. O construtivismo, baseado nas teorias de Piaget e Vygotsky, enfatiza a construção ativa do conhecimento através da interação do aluno com seu ambiente. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) de Arte no Brasil refletem esses princípios, encorajando os alunos a integrarem suas experiências pessoais no processo criativo. Piaget destaca que o desenvolvimento cognitivo ocorre quando o indivíduo constrói ativamente seu conhecimento, essencial para o ensino de artes visuais. Vygotsky contribui ao promover atividades colaborativas que estimulam a troca de ideias e o trabalho em grupo. Os PCNs de Arte valorizam a expressão pessoal, o pensamento crítico e a resolução de problemas. Apesar dos desafios como a formação inadequada de professores e a falta de recursos, a implementação dos princípios construtivistas tem demonstrado resultados positivos, aumentando o engajamento dos alunos. Para superar tais obstáculos, é crucial adotar uma abordagem mais flexível e avaliações que valorizem o processo de aprendizagem. Em síntese, a reorganização curricular no ensino das artes visuais sob o construtivismo promove um aprendizado colaborativo que enriquece a individualidade dos alunos e prepara para um desenvolvimento integral.

 

Introdução

A reorganização curricular no ensino das artes visuais, fundamentada no marco construtivista, representa uma abordagem inovadora que visa transformar a educação artística em um processo dinâmico e significativo. O construtivismo, baseado nas teorias de Jean Piaget e Lev Vygotsky, destaca-se por enfatizar a construção ativa do conhecimento pelos alunos, através de experiências e interações com o ambiente. Esta perspectiva teórica propõe um ambiente de aprendizagem onde os alunos são incentivados a explorar, experimentar e criar de maneira colaborativa e reflexiva, aspectos que se tornam centrais na estruturação dos currículos de artes visuais.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) de Arte no Brasil refletem amplamente os princípios do construtivismo. Segundo Piaget, o desenvolvimento cognitivo ocorre em estágios onde o indivíduo constrói ativamente seu conhecimento a partir das interações com o meio ambiente. Este princípio é crucial para o ensino de artes visuais, pois reconhece a importância de permitir que os alunos tragam suas próprias vivências e perspectivas para o processo criativo. A arte, sob esta perspectiva, não é apenas uma habilidade técnica a ser dominada, mas um meio de expressão pessoal e de comunicação, que valoriza a experiência individual e a capacidade criativa de cada estudante.

Vygotsky, ao enfatizar a importância das interações sociais e da cultura no desenvolvimento cognitivo, contribui significativamente para a prática construtivista nas artes visuais. Ele argumenta que o aprendizado é um processo social que ocorre em um contexto de colaboração e troca de ideias. No ensino das artes visuais, isso se traduz na promoção de atividades colaborativas e projetos que envolvem trabalho em grupo, permitindo que os alunos aprendam uns com os outros e desenvolvam habilidades sociais e comunicativas essenciais. Através do diálogo e da cooperação, os alunos são encorajados a refletir sobre suas próprias criações e as dos outros, promovendo um entendimento mais profundo e crítico da arte.

Os PCNs de Arte foram concebidos com o objetivo de proporcionar um ensino que valorize a expressão pessoal e a criatividade dos alunos. Estes documentos orientadores destacam a importância de desenvolver competências como pensamento crítico e habilidades de resolução de problemas. No contexto das artes visuais, isso significa ir além da mera transmissão de conhecimentos técnicos, promovendo uma formação integral que prepara os alunos para lidar com diversos desafios. Atividades práticas e projetos interdisciplinares são métodos eficazes para fomentar essas competências. Ao integrar a arte com outras áreas do conhecimento, os alunos são incentivados a fazer conexões entre diferentes disciplinas, o que enriquece o processo de aprendizado e promove uma compreensão mais holística e contextualizada.

Desenvolvimento

A implementação dos princípios construtivistas no ensino das artes visuais tem mostrado resultados positivos em diversos aspectos. A participação ativa dos alunos no processo de aprendizagem tem aumentado o engajamento e a motivação. Projetos que permitem a expressão pessoal e a experimentação resultam em maior interesse e participação nas aulas de arte. Alunos que se sentem valorizados em suas individualidades tendem a se engajar mais profundamente no processo de aprendizagem, o que reflete diretamente na qualidade de suas produções artísticas. Além disso, atividades colaborativas e projetos de arte têm ajudado no desenvolvimento de habilidades socioemocionais, como trabalho em equipe, comunicação e empatia. Este desenvolvimento é crucial para a formação de indivíduos mais conscientes e preparados para interagir em sociedade.

Contudo, a implementação dos princípios construtivistas no ensino das artes visuais enfrenta diversos desafios. Um dos principais obstáculos é a formação e capacitação dos professores. Muitos educadores ainda não possuem a formação adequada para aplicar práticas construtivistas de forma eficaz. A falta de programas de desenvolvimento profissional contínuo e específico para a arte é um entrave significativo. Sem a devida formação, os professores podem ter dificuldades em adaptar suas práticas pedagógicas para atender às necessidades individuais dos alunos e promover uma aprendizagem ativa e colaborativa.

Outro desafio importante é a falta de recursos materiais e infraestrutura adequada. A realização de atividades práticas e colaborativas, essenciais para a abordagem construtivista, muitas vezes é prejudicada pela falta de materiais, espaço e equipamentos. As disparidades socioeconômicas entre escolas públicas e privadas resultam em desigualdades na implementação dos princípios construtivistas. Enquanto algumas escolas possuem recursos abundantes e apoio institucional, outras lutam para fornecer o básico necessário para uma educação de qualidade. Políticas públicas que promovam a equidade e a qualidade da educação para todos são essenciais para superar essas disparidades.

A rigidez curricular e a pressão por resultados em avaliações padronizadas também representam obstáculos significativos. A estrutura tradicional das disciplinas e a organização rígida dos horários escolares podem limitar a flexibilidade necessária para a abordagem construtivista. Além disso, a ênfase em testes padronizados e resultados quantificáveis pode desviar o foco do desenvolvimento de competências e da aprendizagem ativa. Para superar esses desafios, é crucial promover uma maior flexibilidade curricular que permita a integração interdisciplinar e a realização de projetos de longa duração. A advocacia por mudanças nas políticas educacionais e a promoção de práticas de avaliação que valorizem o processo de aprendizagem e não apenas os resultados finais são passos fundamentais nessa direção.

Apesar dos desafios, a experiência construtivista no ensino das artes visuais tem mostrado resultados positivos. A participação ativa dos alunos no processo de aprendizagem tem aumentado o engajamento e a motivação. Projetos que permitem a expressão pessoal e a experimentação resultam em maior interesse e participação nas aulas de arte. Alunos que se sentem valorizados em suas individualidades tendem a se engajar mais profundamente no processo de aprendizagem, o que reflete diretamente na qualidade de suas produções artísticas.

Em conclusão, a reorganização curricular no ensino das artes visuais sob o marco construtivista oferece uma abordagem rica e dinâmica que valoriza a individualidade e promove um aprendizado significativo e colaborativo. Superar os desafios de formação de professores, recursos limitados e rigidez curricular é crucial para a implementação eficaz dos princípios construtivistas. Ao fazer isso, será possível proporcionar uma educação artística mais rica e completa para todos os alunos, preparando-os não apenas para o sucesso acadêmico, mas para uma vida de expressão criativa e reflexão crítica. A valorização da experiência pessoal, o desenvolvimento de competências, a abordagem interdisciplinar e a aprendizagem ativa e colaborativa são elementos centrais que, quando bem implementados, podem contribuir significativamente para o desenvolvimento integral dos alunos.

 

Conclusão

Em síntese, a adoção do construtivismo no ensino das artes visuais representa uma evolução fundamental para a educação artística, promovendo um ambiente de aprendizagem dinâmico e significativo. Fundamentado nas teorias de Piaget e Vygotsky, o construtivismo enfatiza a construção ativa do conhecimento por meio da interação dos alunos com o ambiente, incentivando a exploração, experimentação e criação colaborativa e reflexiva. Essa abordagem não apenas valoriza a expressão pessoal e a comunicação através da arte, mas também reconhece a singularidade de cada estudante como um componente essencial do processo criativo.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Arte no Brasil alinham-se com os princípios construtivistas ao promoverem um ensino que desenvolve competências como o pensamento crítico e habilidades de resolução de problemas, essenciais para enfrentar os desafios contemporâneos. A integração de atividades práticas e projetos interdisciplinares enriquece o aprendizado, permitindo aos alunos fazer conexões entre diferentes áreas do conhecimento.

Embora os benefícios da abordagem construtivista sejam evidentes, sua implementação enfrenta desafios significativos. A formação inadequada de professores, a escassez de recursos materiais e a rigidez curricular são obstáculos que precisam ser superados para garantir uma educação artística equitativa e de qualidade para todos os alunos.

Superar esses desafios requer políticas educacionais que promovam maior flexibilidade curricular e práticas de avaliação que valorizem o processo de aprendizagem. Ao investir na formação contínua dos educadores e na melhoria das condições estruturais das escolas, podemos criar um ambiente propício para que os princípios construtivistas na educação artística floresçam, preparando os alunos não apenas para o sucesso acadêmico, mas também para uma participação ativa e crítica na sociedade.

Assim, a reorganização curricular sob o marco construtivista não apenas fortalece a educação artística, mas também capacita os alunos a se tornarem indivíduos criativos, colaborativos e reflexivos, essenciais para um mundo cada vez mais complexo e interconectado

 

Referências:

 

Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. (1997). Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte. Brasília: MEC/SEF

CUNHA, Estercio Marquez. O Silêncio, Uma Solução. O Popular. Goiânia, 1975.

DEWEY, J. Arte como Experiência. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

EISNER, E. Elliot. O que pode a educação aprender das artes sobre a prática da educação. Stanford University, Estados Unidos. Currículo sem Fronteiras, v. 8, n. 2, pp.5-17, Jul/Dez 2008

IRWIN, R. A/R/Tografia: uma mestiçagem metonímica. In: BARBOSA, A. ; AMARAL, L. (Org.). Interterritorialidade: mídias, contextos e educação. São Paulo: SENAC/SESC, 2008

LAMPERT, J. Arte contemporânea, cultura visual e formação docente. 2009. 85 f. Tese (Doutorado)–Escola de Comunicações e Arte, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.

MACHADO, R. Acordais: fundamentos teórico-poéticos da arte. São Paulo: DCL, 2004

REZENDE E FUSARI, Maria F. de & FERRAZ, Maria Heloísa C. de T. Metodologia do Ensino de Arte: Fundamentos e Proposições. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2009.

 RODRIGUES, Cunha Carla. Sobre Tempo e Lugares da Arte No Currículo Escolar Brasileiro. In: Espaço do Currículo, Paraíba, v. 6, n. 1, p. 69-80, janeiro à abril de 2013.

Música em sala de aula

 

Música em sala de aula

Resumo

Em agosto de 2008,  sancionou-se  uma lei que torna obrigatório o ensino de Música na Educação Básica. Desde  2012  as instituições vem se adaptando  às exigências da norma. Na prática ainda temos diversas indefinições. Algumas instituições implantaram aulas especificas de música, outras integrou ao currículo de Arte propondo atividades  teóricas  e componentes prático. Talvez um dos maiores problemas é a ação do   professor polivalente que em muitos casos não tem esta formação e precisa dominar um leque de atividades para atender as demandas no espaço escolar. De maneira que no cotidiano escolar o professor enfrenta uma série de dificuldades, empecilhos técnicos, de formação, falta de estrutura  e principalmente falta de base de educação musical.

Palavra Chave: Professor polivalente, Música na Educação Básica, educação musical

Summary

 

In August 2008 , it signed up a law mandating the Music Education in Basic Education. Since 2012 the institution has been adapting to the requirements of the standard. In practice we still have many unknowns . Some institutions have implemented specific music lessons , others joined the Art curriculum proposing theoretical and practical components activities. Perhaps one of the biggest problems is the action of polyvalent teacher who in many cases do not have this training and need to master a range of activities to meet the demands at school . So that in the daily school teacher faces a number of difficulties , technical obstacles , training , lack of infrastructure and especially lack of musical education base .

 

Keyword: polyvalent Teacher, Music in Basic Education , Music Education

 

¹- Formado em arte pelo centro universitário Claretiano, atualmente  é professor de ensino fundamental e médio na prefeitura de São Paulo e na secretaria estadual de educação do estado de São Paulo.

 

Introdução

Em agosto de 2008,  sancionou-se  uma lei que torna obrigatório o ensino de Música na Educação Básica. Desde  2012  as instituições vem se adaptando  às exigências da norma. No sistema educacional há uma espécie de consenso que além de contribuir para a socialização das crianças e aproximá-las de manifestações da cultura, aprender música dá a chance de conhecer mais sobre a expressão por meio dos sons e desenvolver habilidades como o canto, a execução instrumental, a audição e a improvisação sonora é muito positivo e contribui para o processo de aprendizagem do individuo, porém trabalhar este conteúdo tem sido um dos diversos problemas para o professor de arte, temos ainda o descompasso entre a teoria e a prática em sala teórica, ou seja a teoria tudo é possível, já na prática do cotidiano escolar enfrentamos muitos problemas em muitas instituições  adota-se  modelos estereotipados para serem repetidos ou apreciados, empobrecendo o universo cultural do estudante.Em outras, o  ensino de musica ainda são as técnicas artísticas, tratadas de modo superficial e esvaziadas de significado, deixando a mobilização de  aspectos cognitivos e culturais.

          Para que as transformações  aconteçam, é  necessário que os professores que forem trabalhar musica em sala de aula   tenham um mínimo de experiências teórica  e práticas na área e que saibam exercitar a reflexão pedagógica específica para o ensino de musica. Nesse sentido, é necessário haver o investimento em formação e requalificação profissional  em cursos de formação cultural contínua. Além disso, é necessário que as escolas invistam em espaços próprios para as aulas de musica , livros didáticos e paradidáticos da área, além de materiais específicos para o trabalho com o fazer artístico musical  com os quais os professores possam, com suas turmas, desenvolver trabalhos de artes ricos, contextualizados e expressivos. Além disso, é  necessário um trabalho prévio de ensino-aprendizagem em musica  nos primeiros anos do ensino fundamental.

 

 

Teoria e prática do ensino musical

 

        Entre os teóricos da educação há uma espécie de consenso que além de contribuir para a socialização das crianças e aproximá-las de manifestações da cultura, aprender música dá a chance de conhecer mais sobre a expressão por meio dos sons e desenvolver habilidades como o canto, a execução instrumental, a audição e a improvisação sonora é muito positivo e contribui para o processo de aprendizagem do individuo, porém trabalhar este conteúdo tem sido um dos diversos problemas para o professor de arte, pois em muitos casos falta formação e estrutura da instituição. Mas afinal o que é preciso para ensinar bem musica? Segundo  Keith Swanwick, o essencial é respeitar o estágio em que cada aluno se encontra. Tendo isso em mente, é preciso seguir três princípios. Primeiro, preocupar-se com a capacidade da criança de entender o que é proposto. Depois, observar o que ela traz de sua realidade, as coisas com que também pode contribuir. Por fim, tornar o ensino fluente, como se fosse uma conversa entre estudantes e professor. Isso se faz muito mais demonstrando os sons do que com o uso de notações musicais. Em sua obra  Swanwick  mostra que o desenvolvimento musical de cada indivíduo se dá numa seqüência, dependendo das oportunidades de interação com os elementos da música, do ambiente musical que o cerca e de sua Educação. Com base nessas variáveis, posso dizer que o aprendizado musical guarda relação com a faixa etária. Cada uma corresponderia a um estágio de desenvolvimento.               

          Os estudos de  SWANWICK configura os estágios , o primeiro vai até mais ou menos os 4 anos. Sua marca principal são experimentações, com as crianças batendo coisas e explorando as possibilidades de produção de sons de cada instrumento. No segundo estágio, que vai dos 5 aos 9 anos, essa manipulação já funciona como uma forma de manifestação do pensamento, dando origem às primeiras composições, muito parecidas com as que os pequenos conhecem de tanto cantar, tocar e escutar. As criações se tornam mais variadas e surpreendentes a partir dos 10 anos, num movimento que chamo de especulativo. Em seguida, já no início da adolescência, as variações passam a respeitar os padrões de algum estilo específico, muitas vezes o pop ou o rock, "idiomas" em que é possível estabelecer conexões com outros jovens. Por fim, a partir dos 15 anos, é possível desenvolver um quarto estágio, que engloba os outros três, em que a música representa um valor importantíssimo para a vida do adolescente, marcado mais por uma relação emocional individual e menos por modismos passageiros ou algum tipo de consenso social. ____________________________________________                                                                                                                                                          

Aspectos importantes no ensino de música nas escola


É importante  que os conteúdos sejam trabalhados de maneira integrada. "agregar" é a palavra chave , segundo Swanwick   há três atividades principais na música, que são compor (a letra C, de composition), ouvir música (A, de audition) e tocar (P, de performance). Essas três atividades, que formam o CAP, devem ser entremeadas pelo estudo da história da música (L, de literature studies) e pela aquisição de habilidades (S, de skill aquisition).(No Brasil, esse processo ficou conhecido como TECLA: T de técnica, E de execução, C de composição, L de literatura e A de apreciação.)  A vantagem de trabalhar  nessa perspectiva é considerar que todas essas coisas são importantes e que devem ser desenvolvidas em equilíbrio. A ideia do clasp também pode ser útil para o professor perceber se está gastando muito tempo, digamos, no L, descrevendo fatos históricos e desenhando instrumentos, por exemplo. Dar muito enfoque à história da música é uma forma simplificadora de achar que se está ensinando Música. Acontece que a história não é música - ela é sobre música. O mesmo excesso pode ocorrer com docentes que atuam na classe o tempo todo como intérpretes ou outros que apenas colocam CDs para a apreciação.  É importante trabalhar com músicas que as crianças já conheçam até para considerar o que cada criança traz de base. Mas o professor não pode se limitar ao repertório já conhecido. É preciso ampliá-lo. Para ficar em um exemplo típico do Brasil, posso dizer que é correto ensinar samba, mas é essencial explorar os diferentes tipos de samba e ir além desse ritmo, trazendo novas referências.  A variação de ritmos é importante para favorecer o desenvolvimento da turma. Também não há uma sequência mais adequada, do tipo "primeiro música clássica e depois popular". É claro que pode ser inadequado submeter a criança pequena ao rock pesado, por exemplo, porque ela não vai se identificar com esse tipo de som. Mas é interessante apresentar a ela alguns tipos de percussão. Na outra ponta, talvez os mais velhos não queiram se aproximar de canções de ninar porque elas não fazem mais parte de seu universo. De qualquer forma, um bom conselho é evitar rotular os estilos musicais, pois esse tipo de estereótipo pode afastar. É preciso contextualizar a criação de modo que o estilo seja apenas um dos dados sobre a música. 



Considerações finais


Enfrentamos alguns problemas para a aplicação da lei no cotidiano escolar, principalmente na falta de profissionais habilitados para  atender à demanda criada pela nova lei,  sabe-se que há muitos profissionais ensinando música de qualidade, mas em geral eles estão em escolas de Música e não na rede de ensino publica . É preciso conceber formas de atrair essas pessoas para a escola ou melhorar a formação dos que já atuam. Talvez seja necessário um tempo para que se formem docentes prontos para cumprir a norma do governo. Dificuldades a parte , é fundamental que o professor saiba tocar um instrumento porque isso é muito útil na sala de aula. Ajuda a exemplificar e a responder as dúvidas, entre outras coisas. Além disso, é preciso entender muito bem do assunto, ter conhecimentos de História da Música, saber relacionar diferentes momentos históricos e estilos e construir uma visão crítica sobre o tema.____________________ 

 

Referencias

SWAWICK. Keith , 1979 – Ensinando Musica Musicalmente – São Paulo: Ed Moderna

ZAGONEL, B. Do gesto ao musical: uma nova pedagogia. Caderno de estudos: educação musical, n.2, São Paulo: Atravez, 1992, p. 41-46

GARDNER, H. As artes e o desenvolvimento humano: um estudo psicológico artístico. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

 

 

EDUCAÇÃO INCLUSIVA E O DESAFIO DE BOAS PRÁTICAS

EDUCAÇÃO INCLUSIVA E O DESAFIO DE BOAS PRÁTICAS

Introdução

A inclusão escolar desafia os paradigmas tradicionais das escolas, questionando os sistemas educacionais convencionais. Dessa forma, incluir não é apenas matricular e manter o aluno na escola; é essencial criar um ambiente que favoreça a aprendizagem. Leodoro (2008), ao analisar o Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade, implementado nacionalmente pela Secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação a partir de 2003, concluiu que o programa, ao fornecer subsídios teóricos e materiais para a formação docente em educação inclusiva e para a organização de serviços de atendimento educacional especializado nos estados e municípios brasileiros, contribuiu para o aumento de alunos com necessidades educacionais especiais em classes e escolas regulares.

A escola desempenha um papel crucial no desenvolvimento integral das crianças, sendo o primeiro espaço social que as separa da família e estabelece uma conexão importante com a cultura. Promover uma educação de qualidade é fundamental para o desenvolvimento econômico e social de um país. Portanto, priorizar a qualidade do ensino regular é um desafio que deve ser assumido por toda a sociedade, especialmente pelos educadores, para que se concretize o princípio democrático da educação para todos.

Pensar em uma educação de qualidade para todos implica atribuir novas dimensões à escola, não só aceitando, mas também valorizando as diferenças, resgatando valores culturais e respeitando o processo de aprendizagem e construção do conhecimento. Desde os anos 1990 até hoje, a educação especial sob uma perspectiva inclusiva tem se tornado uma conquista dos direitos humanos. A implementação da inclusão escolar tem gerado intensas discussões, exigindo uma reflexão sobre a prática educacional e possibilitando o desenvolvimento de inúmeras pesquisas voltadas para esse complexo fenômeno social e escolar.

¹- Formado em arte pelo centro universitário Claretiano, atualmente  é professor de ensino fundamental e médio na prefeitura de São Paulo e na secretaria estadual de educação do estado de São Paulo.

 

Passagem Histórica

O conceito de integração escolar refere-se às mudanças administrativas e técnicas entre as escolas regulares e as escolas especiais, onde alunos considerados aptos podem frequentar parcialmente ou temporariamente a escola comum. A segregação estava intrinsecamente ligada ao processo de integração escolar, pois somente os alunos que se adaptavam aos sistemas regulares conseguiam permanecer em classes comuns; os demais eram enviados a classes ou escolas especiais. A integração no ensino regular visa a integração total ou parcial dos alunos. A integração total refere-se ao encaminhamento do aluno para o ensino regular em uma sala comum, enquanto a integração parcial encaminha o aluno para uma classe especial:

Nos países que adotaram a integração escolar, esse conceito levou à criação de um subsistema de Educação Especial dentro das escolas regulares, para atender alunos com necessidades educativas especiais e os professores de educação especial que os acompanham. O sistema mantém-se em todos os níveis, e esses alunos e professores devem se adaptar às regras e ao funcionamento do sistema regular para terem direito a um lugar na escola normal, sem que o sistema questione ou preveja mudanças. Se não conseguirem, serão excluídos (SANCHES, 2006, p. 68).

A inclusão é um conceito amplamente utilizado na educação, acreditando-se que uma escola inclusiva pode desempenhar um papel significativo na luta contra a exclusão social e racial. Uma sociedade desigual gera exclusões. Nesse sentido, a unidade escolar, como instituição social, apesar de suas limitações, possui certa autonomia e pode contribuir para reduzir discriminações e preconceitos relacionados às diferenças biopsicossociais, culturais, etárias, econômicas, étnico-raciais, de gênero, linguísticas, religiosas, entre outras (MACHADO; ALMEIDA, 2010).

No contexto da inclusão escolar, existem inúmeras leis e legislações que visam garantir o direito à permanência e a responsabilidade do Estado. No entanto, há uma divergência nos discursos das reportagens sobre como esse direito está sendo implementado e quem deve ser responsável por exigir sua execução (MACHADO; ALMEIDA, 2010).

A educação é um processo contínuo que começa no nascimento e dura toda a vida. Todos têm o direito de acesso e permanência na escola e a uma educação de qualidade e inclusiva. De acordo com o artigo 59 da LDBEN (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), deve-se assegurar aos educandos:

[...] currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades [...] terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados [...] professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns [...] educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora [...] acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular (BRASIL, 1996).

Conclusão

As pessoas são diferentes entre si, e a escola deve promover uma educação inclusiva que respeite essas diferenças e a diversidade dos alunos. A escola deve ser capaz de criar ambientes inclusivos onde todos os alunos possam aprender, independentemente de qualquer diferença, visando uma educação de qualidade para todos. As ações educativas devem ser orientadas para proporcionar aos alunos com deficiência ou dificuldade de aprendizagem iguais oportunidades de acesso e permanência na escola.

As concepções de criança, infância e educação infantil foram construídas socialmente ao longo dos anos e refletiam os costumes da época em que foram desenvolvidas. O contexto social influenciou diretamente na formação dessas concepções, que hoje fazem parte do nosso contexto social.

Com o tempo, a visão sobre a educação infantil, seus propósitos e perspectivas mudou, passando de um conceito intimamente ligado à assistência, ao atendimento das mães trabalhadoras e à preocupação com a marginalização das crianças, para um conceito voltado para a educação propriamente dita. Nesse novo conceito, cuidar e educar são indissociáveis em uma pedagogia que considera a criança como um ser em desenvolvimento, que deve ser o foco do processo educativo. A criança aprende e se desenvolve através da troca de experiências e da convivência com os outros, e a escola tem um papel fundamental em auxiliar o educando nessa troca de conhecimentos e na sua convivência social.

 

Referencias

BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 05 de outubro de 1988. Brasília, 1988.

 

______. Decreto nº 3298 de 20 de dezembro de 1999. Regulamenta a lei nº 7853/89, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. Brasília, 1999.

 

DECLARAÇÃO de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília: CORDE, 1994.

EDUCAÇÃO ESPECIAL. Política Nacional de Educação Especial. Brasília, 1994.

MACHADO, A. C. ; ALMEIDA, A.A., Parceria no contexto escolar: uma experiência de ensino colaborativo para educação inclusiva. Rev. psicopedagogia 2010; 27(84): 344-51

MENDES, Enicéia Gonçalves. A radicalização do debate sobre inclusão escolar no Brasil. Revista Brasileira de Educação, v.11, n. 33, p.387-405. set/dez, 2006.

PESSOTTI, Isaías. Deficiência mental: da superstição à ciência. São Paulo, Edusp, 1984

Arte educação no âmbito da educação não formal

 

Arte educação no âmbito da educação não formal

Paulo Jose de Sousa¹

Resumo: A Educação não formal que se caracteriza pela flexibilidade dos conteúdos e metodologias, interação com linguagens diversas, relação prazerosa com o processo de aprendizagem, capacidade de trabalho com a diversidade etária e não tem a formalidade, estruturação e legalidade  da educação formal vem sendo utilizada por organizações do terceiro setor e órgãos governamentais como instrumento pedagógico em  processos educativos diversos. A educação não formal encontra na arte educação um instrumento poderoso  no processo de compreensão da natureza humana, usando-a como subsidio para a reflexão crítica de tudo que está a sua volta, alem de explorá-la como elemento de expressão cultural, instrumento lúdico e aumento do repertório cultural dos educandos envolvidos no processo de aprendizagem .

Palavras Chaves: Arte Educação, Educação não Formal, Educador Social

Introdução

        A prática que hoje denominamos educação não formal , passou a ser percebida a partir da crise da educação formal de ensino, que se deu devido a um novo momento social onde as relações de família e trabalho foram sendo modificadas principalmente pela  participação da mulher no mercado de trabalho, em função disto a mulher se afastou um pouco de casa e consequentemente diminuiu sua participação no processo educativo dos filhos, fazendo com que a educação não formal fosse notada como mais uma opção educacional, passou-se a valorizar e potencializar processos de aprendizagem em grupos e perceber um grande valor na educação não formal, um ponto importante foi a redemocratização do pais no final dos anos oitenta , isto possibilitou o surgimento de ONGS, instituições sociais , fortalecimento de sindicatos e associações de trabalhadores , as ações desenvolvidas por estas instituições abriram um grande leque de possibilidades em atividades diversas, principalmente atividades artísticas ligadas a educação e a área social .

¹- Formado em arte pelo centro universitário Claretiano, atualmente  é professor de ensino fundamental e médio na prefeitura de São Paulo e na secretaria estadual de educação do estado de São Paulo.

 

       A Educação não formal que se caracteriza pela flexibilidade dos conteúdos e metodologias, interação com linguagens diversas, relação prazerosa com o processo de aprendizagem, capacidade de trabalho com a diversidade etária e não tem a formalidade, estruturação e legalidade  da educação formal vem sendo utilizada por organizações do terceiro setor e órgãos governamentais como instrumento pedagógico em  processos educativos diversos . Gohn (2005) afirma que  “a maior importância da educação não formal está na possibilidade de criação de novos conhecimentos, ou seja, a criatividade humana passa pela educação não formal”.

          

         A educação não formal encontra na arte educação um instrumento poderoso no processo de compreensão da natureza humana, usando-a como subsidio para a reflexão crítica de tudo que está a sua volta, alem de explorá-la como elemento de expressão cultural, instrumento lúdico e aumento do repertório cultural dos educandos envolvidos no processo de aprendizagem.

             Na caracterização da área, a arte educação é definida nos PCNS  em suas dimensões de criação, apreciação, comunicação, constituindo-se em um espaço de reflexão e diálogo, e possibilitando aos alunos entender e posicionar-se diante dos conteúdos artísticos, estéticos e culturais incluindo as questões sociais presentes nos temas transversais.

 

          Particularmente tenho uma extensa experiência com a atividade artística no âmbito da educação não formal , num primeiro momento como educando em projetos da casa de cultura do Itaim Paulista, e nas oficinas culturais do estado de São Paulo, ambos projetos  são um marco no que diz respeito a atividade de arte educação , pois surgiram com a redemocratização no pais. A casa de cultura do Itaim Paulista , que foi implantada pela secretaria de cultura da prefeitura  num bairro localizado no extremo leste da cidade que sofre há muito tempo com o descaso do estado quanto a questões básicas de saúde, moradia, segurança , educação e cultura , foi a primeira casa de cultura da cidade , e naquele momento dos anos oitenta  configurou-se como um instrumento importante no processo  educativo , pois ofereceu a população a oportunidade de  participar efetivamente de atividade de teatro, dança, artes plásticas, música, circo e literatura , participei de diversas atividades nesta casa de cultura, tinha entre 12 e 14 anos , outro espaço fundamental foi a oficina cultural Luiz Gonzaga , implantada pela secretaria de cultura do estado, neste espaço participei de diversas oficinas de artes, e foram determinantes para minha escolha de profissão, pois desde esta época já queria trabalhar com arte

 

               Anos depois de participar como educando, após uma formação técnica em comunicação visual  e uma ampla  formação prática adquirida nas oficinas que participei , iniciei minha atividade como arte educador, primeiramente na Associação dos Moradores do Jardim Camargo e Adjacências  que estava situada no bairro do Itaim Paulista e posteriormente em projetos diversos desenvolvidos pela secretaria estadual da cultura, por toda a cidade de São Paulo. Trabalhei como arte educador em diversas ONGS, projetos sociais, instituições de cultura , ministrando oficinas de artes, atendendo geralmente a população mais carente que habita os bairros mais pobres da cidade de são Paulo , aos poucos fui sendo envolvido num processo de aprendizagem onde ensinava e aprendia, num processo de troca de conhecimento com educandos das mais diversas faixas etárias, com as mais diversas populações da cidade em situações de extrema miséria , passaram-se 13 anos e neste período acumulei uma gama de experiência que vai de encontro a educação não formal .

         

        Esta pesquisa  tem como objetivo  analisar como a arte educação é usada na educação não formal , tanto no âmbito governamental como em instituições do terceiro setor , incluindo  museus, centros culturais e casas de cultura  , tendo como objeto de estudo ações desenvolvidas na cidade de São Paulo, principalmente ações por mim vivenciadas num primeiro  momento como educando  e posteriormente como educador.

 

 

4) Justificativa

     A importância que a atividade de arte educação ganhou nos últimos anos  em projetos  socioeducativos e mesmo na área da educação formal, ou seja nas escolas não faz jus a pouca literatura que trata do assunto, pois o pouco que temos se refere a educação formal e sua relação com a  arte educação , falta literatura que relate experiências e trabalhos na  área da educação não formal  e sua relação coma arte. Elaborar um registro de minhas atividades como arte educador, assim como explanar experiências nesta área.

 

5) Objetivos

      Esta pesquisa  tem como objetivo  analisar como a arte educação é usada na educação não formal , tanto no âmbito governamental como em instituições do terceiro setor , incluindo  museus, centros culturais e casas de cultura  , tendo como objeto de estudo ações desenvolvidas na cidade de São Paulo, principalmente ações por mim vivenciadas num primeiro  momento como educando  e posteriormente como educador. Na educação não-formal, a arte se apresenta como um poderoso instrumento pedagógico, é utilizada como um meio de assimilação do mundo, uma fonte de conhecimento  ,  uma forma de lazer.

6) Metodologia

         A principio o processo de pesquisa se dará selecionando, lendo, analisando, resumido e anotando o conteúdo da literatura disponível e que esteja ligada a educação não formal e arte educação, assim como também utilizarei meus registros de atividades de arte educação quando nos momentos que ministrava oficinas de arte. O trabalho será dividido em capítulos , o primeiro capítulo será uma explanação a respeito do conceito  que temos de educação formal e educação não formal, no segundo capítulo abordarei o conceito de arte educação, arte como linguagem do conhecimento  e a proposta triangular, no terceiro capítulo será registrado as experiências que o estado teve e tem com atividades de educação não formal, assim como minha própria experiência nestes projetos, no quarto capítulo abordarei as experiencias de ONGS coma educação não formal e sua relação com arte educação, no quinto capítulo entrarei no campo da formação dos educadores envolvidos nos processos de aprendizagem na educação não formal, no sexto capítulo farei uma explanação a respeito da experiência de museus na cidade de São Paulo e suas experiências no campo educativo com arte, e finamente fareia conclusão de toda a pesquisa.

 

 

 

 

 

7) Bibliografia

ALENCAR, Valéria Peixoto. O mediador cultural: considerações sobre a formação e profissionalização de educadores de museus

e de exposições de arte. São Paulo: Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista, 2008. (dissertação de mestrado).

 

ALVES, Rubem. A escola com que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir. 10ª ed. Campinas: Papirus, 2007.

In: BARBOSA, Ana Mae (org.). Ensino da arte: memória e história. São Paulo: Perspectiva, 2008.

 

BARBOSA, Ana Mae (org.). História da arte-educação: a experiência de Brasília. São Paulo: Max Limonad, 1986.

 

BARBOSA, Ana Mae e COUTINHO, Rejane Galvão. Arte/educação como mediação cultural e social. São Paulo: Editora UNESP, 2009.

 

BARBOSA, Ana Mae; COUTINHO, Rejane Galvão e SALES, Heloisa Margarido. Artes visuais: da exposição à sala de aula. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2005.

 

CARVALHO, Lívia Marques. O ensino de artes em ONGs. São Paulo: Cortez, 2008.

 

FRANGE, Lucimar Bello P. Arte e seu ensino, uma questão ou várias questões? In: BARBOSA, Ana Mae (org.). Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002.

 

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 47ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2005.

 

FREIRE, Paulo.. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

 

GHANEM, Elie. Educação formal e não-formal: do sistema escolar ao sistema educacional. In:

ARANTES, Valéria Amorim

(org.). Educação formal e não-formal: pontos e contrapontos. São Paulo: Summus, 2008.

 

GOHN, Maria da Glória. Educação não-formal e cultura política: impactos sobre o associativismo do terceiro setor. 4ªed.São Paulo: Cortez, 2008.

 

LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? 5ª ed. São Paulo: Cortez, 2002.

 

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